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Remoção de lesões e verrugas
As verrugas e lesões genitais são manifestações típicas do HPV (papilomavirus humano), um vírus sexualmente transmissível, e que, nas mulheres, está associado ao câncer de colo uterino, de vagina, de vulva, de reto e de ânus. A boa notícia é que elas podem ser removidas com procedimentos cirúrgicos simples, prevenindo essas complicações.
Conheça, a seguir, os procedimentos para remoção de verrugas e lesões em mulheres.
O que causa as verrugas e lesões genitais?
O papilomavírus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível mais comum atualmente, e é esse vírus que se manifesta através de lesões cutâneas e verrugas na região íntima.
Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), existem mais de 200 tipos diferentes de HPV e cerca de 40 deles podem afetar o trato ano-genital, mas estima-se que apenas 5% dos infectados apresentam alguma manifestação. Elas podem se apresentar de duas formas, clínica e subclínica.
Lesões clínicas
As lesões clínicas são as verrugas, que têm nomes populares como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”. O tamanho delas é bastante variável e possuem uma aparência semelhante a couve-flor.
Nas mulheres, as verrugas podem atingir o colo do útero, a vagina, a vulva, a região pubiana, perineal, perianal e do ânus. Além disso, em alguns casos, podem surgir na boca e na garganta.
Lesões subclínicas
São chamadas de lesões subclínicas aquelas que não podem ser vistas a olho nu. Elas podem se localizar nos mesmo locais que as verrugas citadas anteriormente, mas não apresentam sintomas ou sinais.
Nas mulheres, elas costumam surgir no colo do útero e são subdivididas nas seguintes categorias:
- Lesões lntraepiteliais de Baixo Grau ou Neoplasia Intraepitelial Cervical grau I (NIC I) – lesões que possuem baixo risco de virar um câncer;
- Lesões Intraepiteliais de Alto Grau ou Neoplasia Intraepitelial Cervical grau II ou III (NIC II ou III) – estas exigem mais atenção e podem causar câncer do colo do útero.
Qual a importância de remover lesões e verrugas genitais?
Cerca de 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV e, destas, 32% têm o tipo 16, 18 ou ambos. Essas duas variedades do vírus são as que apresentam maior risco oncogênico e estão presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero.
Por isso, mulheres com HPV 16 e/ou 18, precisam manter consultas regulares com suas ginecologistas, realizando o exame preventivo (papanicolau) com frequência. Esses cuidados fazem com que as lesões pré-cancerosas sejam detectadas e removidas precocemente, prevenindo uma evolução para o câncer.
Como é feita a remoção de lesões e verrugas?
A remoção de lesões e verrugas pode ser feita com diferentes procedimentos, todos com baixa complexidade e que podem ser feitos em nível ambulatorial. A escolha da melhor opção é individualizada, variando conforme a extensão, quantidade e local das lesões.
Laser de CO2
Uma das principais técnicas para remoção de lesões é o laser de CO2, que pode ser ajustado para penetração em diferentes profundidades. Ele é capaz de destruir as células lesionadas com a ação do calor, sem gerar dor durante o procedimento.
Essa opção tem vários benefícios, tais quais:
- precisão, pois remove apenas as verrugas, sem danificar o tecido ao redor;
- sangramento mínimo, já que o laser estimula a coagulação do sangue;
- recuperação rápida em comparação a outras técnicas, pois é pouco invasivo.
CAF ou LEEP (cirurgia de alta frequência)
A cirurgia de alta frequência costuma ser feita depois que a paciente realiza um exame chamado colposcopia, cuja biópsia apresenta algum tipo de lesão pré-maligna (lesões intraepiteliais).
O procedimento é feito com um bisturi de alta frequência, que retira a área comprometida do colo do útero. Ele pode ser feito no consultório médico com anestesia local e permite que a mulher retorne rapidamente às suas atividades diárias. Além disso, a recuperação é muito tranquila, e os sintomas não costumam ir além de leves cólicas no dia da cirurgia.
Outros procedimentos
A remoção de lesões e verrugas genitais pode ser feita com diversos métodos, sejam eles físicos (eletrocauterização, criocauterização, laserterapia) ou químicos (cauterização com ácido, imunomoduladores, quimioterápicos).
A cirurgia de alta frequência e o laser são os mais comuns, mas a opção mais adequada varia muito. Por isso, converse com sua ginecologista para entender o melhor tratamento para você e, assim, recuperar seu bem-estar e saúde íntima.