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Gravidez – sintomas e cuidados
Gerar uma vida, sem dúvidas, é algo emocionante. E deve ser por isso que a gravidez é um momento tão esperado na vida de muitas mulheres.
Contudo, assim como tudo que é novo, essa fase também pode trazer muitos questionamentos, principalmente às mamães de primeira viagem.
Afinal, essa vontade de fazer xixi o tempo todo é normal? O que pode comer e o que evitar? Quando o bebê começa a chutar? A resposta para essas e outras perguntas, você confere aqui!
Sintomas comuns durante a gestação
A gravidez é um período de transformação. E, por mais planejada que seja, ela sempre chega recheada de surpresas e, é claro, muitas mudanças.
Uma das maiores transformações – se não a maior -, na vida da futura mamãe é a que acontece em seu corpo. E não estamos falando só do “barrigão”, mas sim de todos os outros sintomas que surgem antes dele e em conjunto com ele.
De forma geral, os primeiros sinais aparecem antes mesmo da mulher saber que está grávida. Inclusive, em alguns casos, são eles que levam a mulher a fazer o teste de gravidez ou exame de sangue. Alguns exemplos frequentes são:
– Atraso menstrual;
– Enjoos e/ou vômitos;
– Aversão a cheiros fortes;
– Mamas sensíveis.
Além deles, conforme a gestação avança, muitas mulheres podem apresentar cólicas abdominais (relativamente fracas), seios maiores, mais vontade de fazer xixi, constipação, inchaço, aumento do cansaço e do apetite e, em alguns casos, até diarreia.
Enquanto o bebê se prepara para vir ao mundo, algumas mulheres também podem ter leves sangramentos. No entanto, esse sintoma não é tão frequente, e o médico deve sempre ser informado caso isso ocorra – para avaliar a saúde da gestante e do bebê.
O que pode e o que não pode consumir na gravidez?
Se tem uma coisa que não falta na gravidez, são dúvidas, não é? E a alimentação é uma das suas principais causas. Afinal, açúcar faz mal? E o sal? Quais legumes devo escolher?
Bom, o ideal é que, ao descobrir a gravidez, a mulher conte com auxílio médico constante. Orientações de ginecologistas e nutricionistas, por exemplo, são sempre bem-vindas. Afinal, são eles que entendem como a gravidez está indo, que nutrientes farão bem para a gestação, quais estão em falta e quais devem ser evitados.
Contudo, de forma geral, é indicado que a gestante invista em alimentos ricos em nutrientes durante a gravidez, como:
– Ferro: que ajuda a evitar a anemia, e pode ser encontrado no feijão, lentilha, brócolis e carnes.
– Cálcio: que é essencial para o desenvolvimento ósseo e cardíaco do neném, e está presente em alimentos lácteos, castanhas, sardinhas, gergelins e vegetais verde-escuros.
– Ácido fólico: que ajuda na formação do sistema nervoso do bebê, e pode ser encontrado na carne de fígado, frutas cítricas, verduras verde-escuras, amendoim e peixes.
– Vitaminas A e C: que são responsáveis pelo desenvolvimento imunológico e absorção de Ferro, e podem ser encontrados em frutas amarelas, vermelhas e laranjas.
Também, de forma geral, a gestante deve evitar o consumo de:
– Tabaco;
– Bebidas alcóolicas e cafeína;
– Peixes, carnes e ovos crus ou malcozidos;
– Alimentos ultraprocessados (embutidos, refrigerantes, bolachas recheadas etc.)
Além disso, seguir as ordens do obstetra é indispensável para uma gestação saudável e tranquila, tanto para a mãe, como para o neném.
Fases da gravidez
Como a gente sabe, a gravidez dura, de forma geral, 9 meses. Ou seja, toda a magia de gerar uma nova vida dentro de si acontece dentro de (mais ou menos) 40 semanas. Esse período costuma ser dividido em 3 trimestres, que são separados de acordo com as peculiaridades e sintomas que aparecem em cada momento.
– O primeiro trimestre compreende de 0 a 13 semanas.
– O segundo trimestre, de 14 a 26 semanas.
– E o terceiro trimestre, de 27 e 40/41 semanas.
Abaixo, você pode conhecer um pouquinho mais sobre cada fase da gestação, confira!
Primeiro trimestre
O primeiro trimestre da gestação costuma ser o mais delicado. Afinal, o corpo da mamãe está mudando e o bebê começando a se desenvolver. Por isso, principalmente nessa fase, os cuidados com a alimentação e hábitos diários são essenciais.
Após a fecundação do óvulo, as primeiras semanas são dedicadas à divisão celular. As células passam a formar os tecidos que são essenciais para os sistemas e órgãos do bebê.
Na 4ª semana, o embrião é do tamanho de um grão de arroz. Bem pequenino, é nessa fase que o coraçãozinho começa a bater e surgem 4 pontinhas – que futuramente virarão os braços e pernas do bebê.
Próximo ao fim da 8ª semana, ele tem o tamanho de um grão de ervilha e pesa, aproximadamente, 7 gramas. Também nessa fase, os dedinhos, orelhas e órgãos internos já estão formados.
Entre a 9ª e 13ª semana, a emoção da mamãe só aumenta. Isso porque, o rostinho do seu bebê e cordão umbilical já estão quase todos formados, o cérebro começa a funcionar e, o mais emocionante, seu coraçãozinho já pode ser ouvido durante a consulta de pré-natal.
Contudo, como a gravidez no primeiro trimestre é muito frágil e suscetível a abortos espontâneos, muitas mamães esperam esse trimestre terminar (ali pela 11ª/12ª semana) para contar a novidade aos amigos e familiares.
Segundo trimestre
O bebê está crescendo… e a barriga e os seios da mamãe também! Da 14ª a 26ª semana de gravidez a evolução do bebê começa a ficar ainda mais evidente: seu corpinho já está todo formado, ele começa a se mexer, ouvir e até a criar manias!
Ao final da 14ª semana, ele começa a mexer as mãozinhas e fazer movimentos respiratórios. Além disso, nessa fase seu sexo já pode ser revelado e ele tem sua posição preferida para dormir.
Entre 15 e 16 semanas ele já tem cílios, sobrancelhas e muita energia: seu coraçãozinho bate mais rápido do que o da própria mãe e ele passa a se mexer mais.
Na 17ª e 18ª semanas ele pode pesar até 250 gramas e já começa a soluçar, engolir e piscar. Contudo, é entre 20 e 26 semanas que a magia aumenta! A mamãe começa a sentir seus movimentos, os famosos “chutes”, com mais intensidade. Nessa época, ele já mede cerca de 26 centímetros e pesa em torno de 500 gramas, ou seja, o bebê já tem meio quilo!
Embora recheado de novidades, o segundo trimestre costuma ser o mais confortável para a mamãe, já que aqueles incômodos frequentes no primeiro trimestre tendem a diminuir ou desaparecer. Mas vale o alerta: seus hormônios podem oscilar bastante e as emoções virem à tona com frequência.
Terceiro trimestre
O terceiro trimestre nunca chega sozinho: a ansiedade de pegar o bebê no colo costuma acompanhá-lo! E não só para os papais, para o bebê em formação também.
Afinal, ele já escuta, dorme, se mexe, sabe identificar as vozes e sons, e até ver a claridade aqui de fora através do útero da mamãe!
Por isso, entre a 27ª e a 30ª semana, o pequeno, agora com cerca de 1 kg, abre e fecha os olhos, dorme a hora em que se sente mais confortável e já se posiciona, de cabeça para baixo no útero, dando dicas à mamãe de que, em breve, ele virá ao mundo.
Na 32ª semana, seu corpinho, que agora pesa em torno de 2 kg, fica coberto por vérnix, uma substância branca, com textura de creme, produzida no útero para facilitar que ele deslize para fora no momento do parto.
A partir de 35 semanas, o corpo da mamãe e do bebê se preparam para o nascimento. A cabeça do pequeno começa a se aproximar cada vez mais da saída do útero e a mulher pode sentir algumas contrações e cólicas. Além disso, seus seios podem começar a produzir leite materno, se preparando para a chegada do filho.
Com mais de 37 semanas, ele pode nascer a qualquer momento!
Por isso, vale lembrar à mamãe que ela se prepare para recebê-lo, não apenas em seu colo, mas também em seu lar: arrume a bolsa com as roupinhas que levará para a maternidade, converse com o médico sobre o parto, instale o bebê-conforto no carro e, é claro, se prepare para registrar esse momento de alegria.
A importância dos exames de pré-natal para a gestação
O acompanhamento da gravidez e os exames de pré-natal são fundamentais para preservar a saúde do feto e da mamãe em cada fase da gestação. Isso porque, eles ajudam a prevenir ou rastrear doenças que podem interferir na gravidez. Isso possibilita que elas sejam tratadas com antecedência.
Além disso, podem identificar, precocemente, as condições que o bebê pode ter ao nascer, como a síndrome de down, por exemplo. Com essa informação em mãos os pais tem mais tempo para entender melhor a condição e adaptar seu estilo de vida de maneira que abrace a criança e todas as suas necessidades especiais.